Caminhos

A Boca Maldita

Compositor: A Boca Maldita

Caminhos escuros, imaginados por alguém, caminhos de flores
Caminhos escusos, que não são bons pra ninguém, caminhos de dores
Caminhos bonitos, caminho das drogas, caminhos de horrores
São Caminhos sofridos, mas não importa, pois também tem os seus valores

A seta indica, aponta e te mostra a direção do caminho
Indiscreta te obriga a não se dar conta de seguir o teu destino
Os olhos não enxergam, a mente dorme e o coração não sente
Caminhos se atropelam e a gente sofre, no turbilhão inconsciente


O caminho da tarde serena, onde impera a calma do silêncio
O caminho que invade e queima, disseca da alma o tormento
Caminhos onde se perdem da vida os anjos da infância
Caminhos que florescem na caída do choro da esperança

Caminhos trilhados, vividos, sob a sombra do seu passado
Sozinho, ilhado, com o inimigo que te assombra com seu cajado
O caminho da cruz, que te da a luz, que te cega, te lambe e seduz
Anjinho de capuz, que ora, que induz e te injeta no sangue o puz

Caminhos tortuosos, bem quistos, mal ditos por serem de riscos
Caminhos inglórios, bem ditos, nem sempre vistos, porém vividos
No caminho a estrada, o moleque, parado no tempo sem beira nem eira
Sozinho, na risada o chiclete, no conhecimento, folhas secas e areia



Quantas vezes eu sofri pra te dizer,
Que os caminhos desta vida
Quem escolhe é você
O abstrato inalcançável,
A busca infinita
Você parou por quê?
Me diz ! Aqui é a Boca Maldita



Caminhos de guerra, das conquistas humanas, morte, o caminho da paz
Caminho das trevas, da rotina mundana, da sorte no destino que ali jaz
Caminho do crime, do amor, do peregrino que paga promessa
Caminho da estirpe, da dor, caminho da bala que vem na sua testa

Caminho da redenção, caminho da forca, caminho sublime que dói
Caminho do vilão que abatido pela força, sozinho revive o herói
O caminho dos cordeiros mortos, que o pastor ressuscita com seu sino
O conflito, o fuzileiro, os corpos e o furor do israelita contra o palestino

O caminho do pai, do filho e do espírito santo, o abismo de rosas
O espinho que sai, sofrido, doido, no pranto do filho que vai embora
Melancolia profunda, insana, covarde, implacável,
A covardia imunda, profana, que arde, inflamável

O caminho do diabo, vindo até mim e fazendo a sua proposta
No cantinho agachado um lindo querubim, querendo ouvir minha resposta
O caminho de casa, na madrugada, noitada, o canto do sabiá
Dormindo na sala, cansada, esgotada, de tanto te esperar

O caminho dos ratos que seguem a flauta, que arrebanha a massa humana
Dormindo acordado, preso na jaula, é estranha essa raça mundana
Caminho da liberdade, a busca infinita e afinal, ser livre de que?
Caminho sem finalidade, sem vinda sem ida e afinal, ser livre pra que?

Quantas vezes eu sofri pra te dizer,
Que os caminhos desta vida
Quem escolhe é você
O abstrato inalcançável,
A busca infinita
Você parou por quê?
Me diz ! Aqui é a Boca Maldita

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